Ogum

AGNI
“Fogo Sagrado dos Vedas”

A civilização védica é a cultura associada ao povo que compôs os textos religiosos conhecidos como Vedas no subcontinente indiano. Denominam-se Vedas os quatro textos em sânscrito que formam a base do extenso sistema de escrituras sagradas do hinduísmo, que representam a mais antiga literatura de qualquer língua indo-europeia.
Os Vedas cultuavam o “fogo sagrado”nos seus lares como o “fogo da salvação”.
A energia do fogo ajuda o homem a vencer a luta contra o o rio e a escuridão.
Ogum, aquece e ilumina. Ajuda o homem a vencer a batalha contra os princípios inferiores que se encontram no próprio homem. Ogum é a grande batalha da personalidade e dos instintos bestiais contra o Eu Superior e aquilo de divino que existe em cada ser.
No Brasi, Ogum é o arquétipo do guerreiro. Está associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada por outros cultos, notadamente pela Umbanda, onde é muito popular. Tem sincretismo com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.
A relação de Ogum com os militares (é considerado o protetor de todos os guerreiros) tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras (que são do conhecimento apenas dos iniciados), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.
Na África, Ogum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta.
Nos terreiros de umbanda Ogun é reverenciado como "santo forte" e "vencedor de demanda”. Seus pontos riscados mostram lanças, espadas, flâmulas, granadas e outras representações bélicas.
Seus pontos cantados, também marciais, têm até reminiscências da guerra do Paraguai, pois "Ogun já jurou bandeira/na porta de Humaitá".
Guerreiro, "ele é soldado de cavalaria, é capitão, é major do dia", logo promovido a "Ogun, general da umbanda".
No sincretismo religioso, é representado por São Jorge, o santo guerreiro católico.
São Jorge, de acordo com a lenda, teria nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia. Jorge ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, originária da Palestina, possuia muitos bens e o educou, com todo esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Durante sua carreira militar, Jorge viu tanta crueldade contra os cristãos que com grande ousadia, declarou sua fé em Jesus Cristo. Foi torturado e degolado em 23 de abril de 303.
São Jorge, o Dragão e a Lua representam: o dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé.. A relação entre o santo e a lua viria de uma lenda antiga que acabou virando crença para muitos. Diz a tradição que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.

Regências e Representações de Ogum:

Orixá do fogo, da energia, da força física
Chacra: plexo solar

Cor fluídica: vermelho
Planeta: Marte
Dia da semana: terça-feira
Elemento: fogo
Espírito da natureza: salamandras
Figura geométrica: triângulo eqüilátero (três lados iguais)
Metal: ferro
Vibrações equilibradas: energia criadora e sublimada
Vibrações em desequilíbrio: impaciência, violência, dúvida e insegurança.
Falanges de ogum: caboclos de Ogum que atuam combatendo os espíritos do Umbral inferior.
Atividade cármica na Terra: abrir os caminhos para que as demais falanges dos orixás atuem.

Signo: áries
Ervas e plantas: beldroega, caruru, espada de Ogum, Guiné, lança de Ogum, comigo-ninguém-pode, jurubeba, pelegum, elevante, folhas de romã.
Flores solares ou masculinas: cravos, jasmins, girassol, flor do maracujá, lírio, palmas vermelhas.
Corrente cósmica: ponto cardeal nordeste.
Exu correspondente: Exú Tranca-Ruas.

Arcanjo: Samuel.

Hora planetária: 12:30h às 12:55h

Emblema do Chacra: vermelho

Pedras: lápis-lazúli, topázio azul.

Perfumes: drakkar, silvestre, Eau Sauvage. Usar no corpo inteiro, às terças, alternando a cada semana.
Animal: cavalo

Falangeiros de Ogum

-Caboclos de Ogum de Lei – trabalham com as Almas em harmonia com Xangô, Omulu, Oxum e Ogum Iara.
- Caboclos de Ogum Rompe-Mato - trabalham em harmonia completa com Oxoce, na entrada da Mata.
- Caboclos de Ogum Beira-Mar - trabalham na orla marítima em harmonia com Iansã e Iemanjá.
- Caboclos de Ogum Megê – trabalham em harmonia com Omulu, na entrada da calunga pequena - cemitério.
- Caboclos de Ogum Iara – trabalham em harmonia com Oxum e Nana

OBS.: Os demais Oguns encontrados mais raramente dentro dos terreiros de Umbanda, são desdobramentos destes principais Chefes de Linha, exemplo: Ogum 7 Ondas (desdobramento de Ogum Beira-Mar).

Oferendas:
- flores vermelhas; velas branca, vermelhas, vermelha e branca e azul; charutos