A APOMETRIA nasceu, desenvolveu-se e fundamentou-se científica e tecnicamente dentro de uma instituição espirita, o Hospital Espírita de Porto Alegre (HEPA).
Segundo registros, o Dr. LACERDA sempre foi um espírita convicto o atuante. Realizou, durante mais de 50 anos de sua existência, um trabalho dedicado, persistente, assíduo e profícuo na área espiritual. Não considerava o Espiritismo uma religião. Afirmava que a Doutrina Espírita é uma realidade cósmica, infinitamente superior a qualquer religião. Excluía qualquer laivo de misticismo ou fanatismo e muito fez para difundir esta doutrina, como ciência e filosofia. Não obstante Dr. LACERDA sabia, que o Espiritismo tem conseqüências religiosas por religar o homem a Deus. Ensinava que o Espiritismo é uma doutrina de libertação, embasada em método científico, constituindo-se numa tentativa racional, capaz de estabelecer uma ponte entre a ciência materialista e imaterialidade do Espírito. Para ele o codificador do Espiritismo – ALAN KARDEC – estabeleceu uma ponte entre dois universos e possibilitou o estudo e o melhor entendimento do Homem, em seu duplo aspecto material e espiritual. Pelo Espiritismo, dizia ele, Leis foram reveladas, iluminado o conhece-te a ti mesmo. Como resultado, novas concepções nasceram e os ensinamentos evangélicos, dizia ele, "deixaram a poeira dos altares para se transformarem em filosofia de vida". Tal como as correntes filosóficas orientais o Espiritismo se embasa nos princípios da Palingenesia ou Reencarnação, com o que se explica a Lei da Evolução. Além disso, o espiritismo, incorpora em seus ensinamentos a antiquíssima e bramânica Lei do Karma ou lei da responsabilidade pessoal, através da qual débitos e desvios morais são resgatados ao longo de múltiplas existências em que também se adquirem os valores imprescindíveis ao aperfeiçoamento de nosso Ser Imortal.
Dr. LACERDA constumava dizer que KARDEC criou o Espiritismo e que os espíritas brasileiros criaram o "kardecismo", uma prática ou tentativa de vivência da Doutrina Espírita, permeada de religiosidade, com tendência a se transformar em crença ou seita.
Quanto a Umbanda, ele, via a mesma como uma filosofia de vida e prática mediúnica útil e necessária ao povo brasileiro, ainda, tão apegado a liturgias e rituais. Dizia que a Umbanda era uma ponte, entre o Catolicismo dominante e o Espiritismo libertador. Assim pensando, ele compreendia, permitia e estimulava quando necessário, a manifestação de entidades nas faixas de pretos-velhos, caboclos, etc. Usava contar pontos de Umbanda que funcionam como poderosos mantras liberadores de energias poderosas. Os sons harmônicos ou a música, constituem-se poderoso meio auxiliar à APOMETRIA.
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